Monday, June 30, 2008

NOVO VIVEIRO FLORESTAL

A Comunidade Indígena San Juan Xoconusco, do Estado do México, inaugurou o viveiro florestal “As Noivas do Sol”, com uma capacidade produtiva de 800 mil plantas por ano. O objetivo deste viveiro consiste em fornecer plantas autóctones para a Reserva da Biosfera da Borboleta Monarca. A parceria pretende recuperar sua cobertura florestal, promovendo empregos e o desenvolvimento comunitário. Especialistas acreditam que projetos comunitários deste tipo podem ser implantados em outras comunidades. É preciso destacar que a deterioração das florestas ameaça o fenômeno da hibernação da borboleta monarca, provocando um impacto negativo na economia das comunidades locais. A cada ano, mais de 100.000 turistas visitam a região para conhecer o santuário desta bela espécie.

INOVAÇÃO AMBIENTAL

Depois de um processo iniciado há mais de dois anos, os Parques Naturais da Colômbia, o Instituto Alexander von Humboldt e a WWF Colômbia desenvolveram uma ferramenta para mensurar a integridade ecológica dos 53 parques nacionais do país. A ferramenta é um sistema de indicadores que mede o estado de conservação das populações, espécies, ecossistemas, paisagens ou qualquer outro elemento da diversidade biológica preservada a longo prazo nestes locais. Graças a ela, também se pode medir a eficiência da administração, para verificar se os objetivos traçados e as estratégias de manejo estão sendo cumpridos.

FURACÕES

“Não há borboletas, não se escuta nenhum pássaro, só o silêncio e o calor insuportável reinam no que antes eram os melhores bosques da Nicarágua. É um cenário apocalíptico”, descreveu Rosalía Gutiérrez, Delegada Regional do Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais (MARENA) da Região Autônoma do Atlântico Norte (RAAN) da Nicarágua. Este foi o saldo da passagem do furacão Félix pelo país, no final de 2007. O ciclone categoria 5 tocou a terra no povoado de Sandy Bay, no noroeste da Nicarágua, com ventos de 260 quilômetros por hora. Numerosos povoados foram afetados ou totalmente destruídos. Foi o caso de Puerto Cabezas, a principal cidade do Caribe nicaragüense.

Wednesday, June 4, 2008

UNA DÉCADA PERDIDA

O desenvolvimento não deve ser medidos apenas em termos macro-econômicos, nem somente pelo aumento das liberdades pessoais. Apesar destas duas dimensões serem fundamentais para o desenvolvimento sustentável, o crescimento de uma sociedade deve ser um processo integral, que inclua os aspectos básicos da vida humana. Ao longo da última década, a África do Sul não conseguiu progredir nestes aspectos. Apesar de ter realizado importantes avanços com a abolição do apartheid , o país não soube completar o processo, melhorando as condições de vida de seus habitantes. Segundo informes recentes, a pobreza aumentou mais de 50% nos últimos dez anos. Alguns analistas culpam o desemprego e a AIDS pelo aumento.

SEM BAMBU

Uma vez a cada 60 anos, os bambus florescem em massa e morrem, um fenômeno comum em plantas do gênero. O bambu é o principal alimento dos pandas gigantes , que vem sendo afetados direta e significativamente por este ciclo natural. A falta de bambu está obrigando os pandas de uma região montanhosa da província de Sichuan, na China, a migrar para outras áreas próximas em busca de alimento. Com o fenômeno, a frágil situação dos ursos pode piorar, já que 80% da população selvagem vive na região.

RETROCESSO

Um estudo recente classificou a performance ambiental do Canadá em 27º lugar entre os 30 países mais ricos do mundo. Segundo a Organização para a Cooperação Econômica e o Desenvolvimento –uma entidade canadense - depois de se destacar na vanguarda em defesa do meio ambiente nos anos 70 e início dos anos 80, o país não fez nenhum progresso nas questões domésticas para atingir uma maior sustentabilidade. O presidente do Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável, David Runnalls, declarou que os indicadores ambientais do Canadá caíram nos últimos 15 anos, afirmando que a sustentabilidade nunca foi prioridade na esfera federal.

HAJA ENERGIA

Segundo especialistas, a demanda mundial de energia aumentará inevitavelmente se os governos não modificarem suas políticas sobre o tema. Calcula-se que em 2030 a demanda será cerca de 50% maior que os níveis atuais, sendo que os combustíveis fósseis ainda serão dominantes. Segundo Nobuo Tanaka, diretor executivo da Agência Internacional de Energia, este cenário implica a ampliação da exploração energética, e o decorrente aumento de problemas ambientais, como o aquecimento global e a poluição.

NOVO HABITANTE

O Reino Unido possui 99 espécies de moscas, conhecidas como “piolhos dos livros”, que vivem também em troncos de árvores. Recentemente, foi descoberta uma nova espécie, proveniente das Ilhas Canárias e da Ilha da Madeira, em Portugal. Esta mosca, cujo nome científico é Atlantopsocus adustus, está colonizando o litoral sul. A expansão de sua distribuição geográfica estaria relacionada às mudanças no clima da região, agora mais temperado e úmido. Os especialistas estão cautelosos, mas acreditam o avanço da espécie não irá afetar as espécies nativas.

ALGO CHEIRA MAL

A Agência de Proteção Ambiental (sigla em inglês EPA) aumentará o controle de dejetos dos estabelecimentos de aqüicultura no estado de Idaho, Estados Unidos. Eles deverão reduzir em 40% a descarga de fósforo no rio Snake. Nestes estabelecimentos, o fósforo aumenta consideravelmente devido às fezes dos peixes. Em grandes concentrações, o nutriente leva à proliferação de algas e bactérias anaeróbicas em rios e lagos, provocando a eutrofização dos mesmos. A medida implementada pela EPA pretende evitar que este processo se dissemine pelo estado, maior produtor de salmão do país.

MAIS UM EM PERIGO

O urso malaio (Helarctos malayanus) entrou para categoria “vulnerável”, segundo especialistas da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) – e se une às outras cinco espécies de ursos ameaçadas do mundo. Estima-se que a população desta espécie, que vive na Índia e no sudeste asiático, diminuiu cerca de 30% nas últimas três décadas. As informações disponíveis indicam que esta tendência continuará no futuro, o que motivou sua inclusão na lista. Atualmente, existem cerca de 10.000 exemplares em estado selvagem. Por isso, é importante que todos os zoológicos aproveitem melhor os espécimes disponíveis em cativeiro para reprodução e conscientização da população sobre o assunto.

CRESCIMENTO SOBRE RODAS

O dados são contundentes: em todo o mundo, o número de automóveis está aumentando. A Guatemala não é exceção. Segundo um estudo recente sobre mobilidade e trânsito, o parque automotivo do país cresce 6% anualmente. Hoje, existem 306 automóveis por cada 1000 habitantes, e calcula-se que em 40 anos esta proporção aumentará para 780 veículos - o que coloca o governo em uma situação difícil. Por um lado, ele deve planejar e melhorar estradas e rodovias, especialmente ao redor da capital, e por outro, deverá pensar em como isso influirá nas questões ambientais, como a poluição do ar por emissões de gases e ruídos.

IRMÃOS COM PROBLEMAS

Argentina e Uruguai, países que se consideram irmãos, vêm enfrentando importantes desavenças em relação à instalação de uma fábrica de papel próxima ao rio Uruguai, no país homônimo. Diante de objeções feitas pela Argentina, ligadas ao impacto da fábrica sobre o meio ambiente, o projeto teve de ser suspenso várias vezes e levado à arbitragem internacional. O conflito vem aumentando com numerosas manifestações de ativistas e da população local na Argentina, incluindo o bloqueio de estradas. No fim de 2007, o presidente de Uruguai finalmente concedeu a permissão para o início das operações da fábrica e fechou temporariamente a fronteira. Ainda sem solução, o conflito já se arrasta há dois anos.

EM PERIGO, MAS RICOS

Em janeiro de 2008, as notas da nova moeda venezuelana, os bolívares fortes (Bs.F.), que irá substituir os “bolívares”, contarão com imagens de espécies animais em perigo de extinção. O novo design, criado pelo Banco Central, estará em todas as notas da série. A nota de maior valor, l00 Bs.F, terá em um lado uma imagem de Simón Bolívar, e no verso um pássaro conhecido como “Cardenalito”, considerada como uma das espécies mais ameaçadas da Venezuela.

ROMPENDO BARREIRAS

As barreiras de areia são acidentes costeiros decorrentes da dinâmica local de marés e ondas. São ecossistemas frágeis e cheios de particularidades, e qualquer alteração pode danificá-los irreversivelmente. É o que pode acontecer se continuar a extração de areia na barreira natural que separa o mar do rio Toa, o mais caudaloso de Cuba, na cidade de Baracoa. A extração destina-se à construção civil, e a permissão para a atividade caducou em maio de 2006. No entanto, a atividade extrativista continua de forma ilegal. Segundo o diretor do Centro de Inspeção e Controle Ambiental, que realizará um novo estudo de impacto, as autoridades locais podem e devem fazer com que a lei seja cumprida e propor normas ambientais mais rigorosas.

CARROS ELÉTRICOS

As ruas do Brasil estão vendo passar um novo integrante da frota de veículos de suas cidades: modelos de teste do novo Palio Elétrico. O carro da Fiat funciona à bateria e está sendo testado por várias empresas. A empresa italiana foi precursora neste trabalho, juntamente com as autoridades brasileiras, para buscar soluções para os problemas de trânsito e poluição dos grandes centros urbanos do Brasil. O modelo é resultado do esforço conjunto da Fita e de outras empresas e centros tecnológicos do Paraguai e da Suíça. Ele vai de 0 a 100 km em 28 segundos e pode alcançar uma velocidade de 110 km/hora.

BIODIESEL E ACORDOS

Como parte de um acordo firmado em 2007, a Colômbia irá apoiar a produção de biodiesel de Honduras. O governo colombiano irá colaborar para o estabelecimento e a abertura de uma fábrica para produção deste combustível na região de Sinaloa, ao norte de Honduras. O custo da instalação da fábrica é de um milhão de dólares, e ela produzirá cerca de 7.500 litros diários extraídos do dendezeiro (Elaeis guineensis). O governo colombiano oferecerá assistência técnica enquanto seu parceiro centro-americano planeja desenvolver 20.000 hectares de plantações deste tipo de palmeira ao longo da costa atlântica.

NOVA ESPÉCIE

Cientistas da Universidade da Flórida descobriram uma nova espécie de borboleta-coruja proveniente do México. Há mais de um século não se descobria uma nova espécie deste grupo de lepidópteros. É uma notícia animadora para os amantes destes insetos, que se caracterizam por seu grande tamanho e a presença de manchas que simulam dois olhos sobre as asas (para afugentar potenciais predadores). Os cientistas responsáveis pela descoberta ainda não deram nome à nova borboleta, mas criaram uma novidade: leiloaram os direitos de nomear a espécie pela Internet para angariar fundos para suas pesquisas.

Wednesday, April 23, 2008

VENTOS DE MUDANÇA

O custo do petróleo e seus derivados é cada vez mais um problema para países que precisam importá-los. Nas ilhas Fiji, a empresa distribuidora de energia sofreu duras críticas por ter aumentado significativamente os preços. Por este motivo e por ser país signatário do Protocolo de Kyoto, o governo planeja satisfazer a demanda doméstica de eletricidade com energias alternativas durante a segunda década do século XXI. Para isso, pretende adotar energias mais limpas e baratas, como a energia eólica. A instalação da primeira fazenda de moinhas de vento já está em andamento.

BALEIAS EM VEZ DE PETÓLEO

Um grupo de baleias-corcunda foi avistado recentemente nas costas do norte do Alasca durante expedições de busca por vazamentos de petróleo. O avistamento foi uma surpresa, já que a faixa de distribuição da espécie só chega até o sul do estado. Com os dados disponíveis, não é possível determinar se a expansão territorial desta espécie ameaçada é uma tendência ou uma anomalia. Grupos ambientalistas suspeitam que este seria outro indício dos efeitos do aquecimento global e das mudanças climáticas sobre os ecossistemas do Ártico. Se a tendência for confirmada, o fenômeno poderia afetar e até deter as prospecções de petróleo na região.

POR UM AR MAIS LIMPO

Os Estados Unidos possuem uma estrutura descentralizada, em que cada estado toma suas decisões em assuntos importantes da vida cotidiana. No entanto, os padrões nacionais de qualidade da água e das terras e as medidas para prevenir a poluição são determinadas pela Agência de Proteção Ambiental (EPA, em inglês). Por este motivo, a Califórnia iniciou ações legais contra a agência diante da demora em permitir que o estado imponha uma regulação severa para as emissões de dióxido de carbono de automóveis e caminhões em seu território. A Califórnia quer contribuir com a luta contra o aquecimento global, mas precisa de permissão federal para isso – e mais de uma dúzia de estados seguiram seu exemplo.

ADEUS ÀS PAELLAS

Biólogos marinhos da universidade de Dalhousie, Canadá, publicaram um prognóstico funesto: devido à exploração excessiva de espécies da fauna marinha (pescados, crustáceos e moluscos), elas desapareceriam por volta de 2048. Segundo o estudo, a perda de biodiversidade nos mares está aumentando consideravelmente com a redução da qualidade das águas, inundações costeiras e expansão de algas nocivas, entre outros fatores. No entanto, os autores indicam que os ecossistemas marinhos podem ser recuperados com o manejo correto. Eles recomendam estabelecer um zoneamento para áreas que devem ser excluídas de qualquer atividade, enquanto outras poderiam ser abertas a diferentes finalidades, como recreação, pesquisa e pesca.

CATÁSTROFE AQUÁTICA

Segundo uma publicação recente da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), mais de um terço dos peixes de água doce da Europa estão e perigo de extinção. A estimativa envolve 200 espécies, sendo que 12 já foram extintas. No entanto, não existem muitas medidas de conservação para as mesmas. Isso ocorre porque as espécies em questão não são emblemáticas nem possuem valor econômico. Nas palavras de um representante da organização, é preciso tomar medidas urgentes “para evitar uma catástrofe”.

LEOPARDOS EM PERIGO

O governo de Uganda suspendeu a proibição à caça esportiva de leopardos depois de 28 anos. A decisão está ligada à retomada turismo com a relativa tranqüilidade conquistada após o fim dos conflitos internos no país. Recentemente, houve melhorias na infra-estrutura e construção de novos hotéis. Apesar do governo afirmar que a caça esportiva irá se concentrar em animais idosos e fora da idade reprodutiva, ativistas temem que isso não ocorra. Eles afirmam que os caçadores deveriam utilizar dardos tranqüilizantes em vez de balas verdadeiras, gerando menor impacto sobre a população. A incerteza sobre o controle dos espécimes abatidos pode voltar a ameaçar os leopardos.

NEGÓCIOS E CONSERVAÇÃO

A qualidade de vida também se expressa nas condições sanitárias e na segurança de poder comprar e vender produtos alimentícios e matérias-primas confiáveis e saudáveis. Por este motivo, o governo de Eritréia, na África, começou a organizar seminários e oficinas para abordar o tema em relação à exportação e importação de gado e produtos agrícolas. A primeira oficina, realizada em novembro de 2007, foi organizada pelo Ministério da Agricultura e Saúde de Eritréia e o Mercado Comum do Leste e Sul da África. Cerca de uma centena representantes e especialistas de organismos públicos e privados da região participaram do evento, que visa integrar negócios com a conservação do patrimônio natural.

AVALIAÇÃO OBSCURA

A região de Ogoni, no Delta do Níger, foi o centro da extração de petróleo na Nigéria a partir dos anos 50, mas a atividade foi interrompida nos anos 90 devido à instabilidade na região. Durante os anos de atividade, vários derramamentos de óleo cru afetaram a água e as terras. A falta de manutenção e danos na infra-estrutura acentuaram a contaminação nos últimos 15 anos. Por este motivo, a ONU irá realizar uma avaliação destes derramamentos para identificar e minimizar os impactos a curto e longo prazo sobre aspectos humanos, sociais, econômicos, sanitários e ecológicos da região.

MISTÉRIO MORTAL

Em meados de setembro de 2007, 152 golfinhos apareceram mortos no litoral sul do Irã, nos arredores do porto de Jask. Este “suicídio em massa”, como foi classificado pelas autoridades do país, ocorreu em dois turnos, com diferença de uma semana entre um evento e outro. As agências ambientais oficiais estão investigando o preocupante fenômeno. Alguns apostam no efeito que a pesca e as redes utilizadas na atividade podem ter sobre os mamíferos. Outros associam o ocorrido à poluição das águas, mas não foram encontrados vestígios de substâncias tóxicas nos tecidos dos animais mortos. As investigações continuam, mas o enigma ainda permanece sem solução.

SE É ORGÂNICO, É BOM

Alguns restaurantes da Austrália estão investindo em alimentos saudáveis. Segundo os empresários gastronômicos e chefs Robert Warlow e Kylie Kwong, ambos donos de importantes restaurantes em Sydney, seu negócio prosperou depois que decidiram oferecer um menu com 100% de produtos livres de química e fertilizantes. Os empresários acreditam que os clientes apreciam uma comida que possui sabor melhor e é mais saudável, e os empregados trabalhar com mais prazer usando produtos frescos e de boa qualidade. Para eles, é um cenário em que todos ganham, “inclusive o planeta”.

RIQUEZA NA FLORESTA

Fotografias de tigres, elefantes, gatos dourados asiáticos e outras espécies em perigo foram obtidas em câmeras ocultas numa selva tropical degradada em Sumatra, na Indonésia. Isso demonstra que as matas secundárias, aquelas que sofreram algum impacto e apresentam uma vegetação menos rica, também podem abrigar espécies raras. Esta é a primeira vez que se obtém provas irrefutáveis do evento, bons argumentos para que o governo indonésio desista dos planos de conversão destas áreas em cultivos agrícolas. A Indonésia é o país com a maior taxa de desmatamento do mundo.

LIXO À DERIVA

Uma ilha de lixo do tamanho do estado do Texas (EUA) está flutuando entre o continente americano e o Havaí. Esta “ilha”, conhecida como o “Parque de Lixo do Grande Pacífico”, é composta em 80% por plástico e pesa cerca 3,5 toneladas. Seu tamanho aumentou dez vezes por década desde 1950. A configuração de ventos e correntes desta região cria condições propícias para o acúmulo do lixo. Segundo especialistas, é preciso propor programas de educação ambiental nos continentes para evitar que os dejetos continuem sendo despejados e fiquem à deriva nos oceanos.

A FUTURA ATLÂNTIDA?

Os monges de um templo budista nos arredores de Bagcoc estão lutando para evitar que o local termine no fundo do mar. As marés altas da última monção atingiram severamente a área, e uma barreira de contenção foi construída ao seu redor. Nos arredores do templo, uma aldeia ficou inteiramente submersa. As previsões de aumento do nível do mar em decorrência das mudanças climáticas parecem se confirmar nesta porção do Golfo da Tailândia. Devido às condições da região, Bangcoc – que tem 10 milhões de habitantes – é uma das 13 grandes cidades do mundo que podem ficar debaixo d´água devido ao aquecimento global.

BONS VENTOS

Segundo o Ministro de Energia e Petróleo da Noruega (what is his name?), as turbinas eólicas flutuantes possuem grande potencial para fazer do país um exportador de energia limpa. O país escandinavo está avaliando opções para diversificar sua produção energética, baseada no petróleo. Além da tradicional energia hidráulica, as turbinas para produção de energia eólica instaladas no mar tem se mostrado uma boa opção. De acordo com o ministro, é preciso realizar novas pesquisas e avaliar as vantagens e desvantagens desta tecnologia. Atualmente, a Noruega é o quinto maior exportador de óleo cru, e a energia hidrelétrica satisfaz quase toda a demanda doméstica de energia.

NEGÓCIO VERDE

O Rainforest Lodge, uma pousada localizada na Reserva Central da Floresta de Mabira, em Uganda, ganhou o prêmio “Eco-negócio do ano”, oferecido pela organização internacional Environmental Alert. Segundo uma avaliação desta organização, o estabelecimento turístico não causa impacto na floresta e gera receitas para a comunidade local. Cada uma das árvores usadas em sua construção foram replantadas, e todos os elementos utilizados cotidianamente foram produzidos pela população local. O projeto foi desenvolvido em parceria com a Autoridade Florestal Nacional. Projetos deste tipo demonstram que o desenvolvimento econômico e a conservação podem ocorrer simultaneamente.

CURA A SANGUE FRIO

Cientistas da Nova Zelândia parecem ter encontrado a cura para uma doença que está afetando e ameaçando muitas espécies de anfíbios no mundo. A quitridiomicose é uma enfermidade provocada por fungos, e acredita-se que tenha sido responsável pela extinção de um terço das 120 espécies de anfíbios que desapareceram desde 1980. Pesquisadores neozelandeses, movidos pela preocupação em perder uma de suas espécies, a rã Leiopelma archeyi, descobriram que espécimes banhados no antibiótico cloranfenicol se tornaram resistentes à doença. Até agora, os experimentos em laboratório mostraram-se promissores. Os cientistas conseguiram recuperar exemplares que já se encontravam quase mortos. Restam esperanças.

ESQUIANDO EM PROBLEMAS

Apesar da existência de leis que proíbem novas construções e o desenvolvimento de infra-estrutura em parques nacionais, um complexo de pistas de esqui está sendo erguido dentro e ao redor do Parque Nacional Rila, o maior da Bulgária. Segundo especialistas, o parque protege uma das regiões mais exuberantes do país, as montanhas Rila. As obras prevêem estradas, elevadores e a abertura de pistas na região, e algumas já começaram a ser construídas, apesar de não receberem a permissão oficial necessária. O Ministro do Ambiente se comprometeu a embargar o projeto e realizar uma investigação.

Água em perigo

O Lago Tai localiza-se em meio a uma área densamente povoada a Noreste de Shangai. Ele tem sido fonte de água potável para milhões de pessoas até há alguns meses, quando o fornecimento foi interrompido devido à presença de algas tóxicas, cuja proliferação está relacionada à poluição. A presença das algas indica o processo de eutrofização do lago, que pode gerar substâncias tóxicas parao homem. Por este motivo, o governo anunciou um plano urgente de limpeza do lago, com um orçamento de 14,5 bilhões de dólares. Mais uma vez, a natureza demonstra que é melhor cuidar que reparar.

Relatório bomba

Especialistas reunidos em torno do Programa para o Ambiente das Nações Unidas (UNEP) lançaram um relatório avaliando o desempenho global diante dos problemas ambientais. O veredicto é uma bomba: o mundo está respondendo com grande lentidão aos desafios do novo milênio. Os 390 especialistas envolvidos trabalharam durante cinco anos comparando os resultados com um relatório similar realizado em 1987. Nos últimos 20 anos, o trabalho realizado muitas vezes não foi feito em uma escala capaz de reconhecer ou responder aos problemas corretamente. No entanto, houve avanços consideráveis: neste período de tempo, a emissão de gases que afetam a camada de ozônio foi reduzida em 95%.

MACACOS EM PERIGO

Existem 394 espécies de primatas no mundo, e 114 delas estão ameaçadas de extinção pela destruição de seu habitat, caça e comércio ilegal. Recentemente, especialistas publicaram uma lista com as 25 espécies mais ameaçadas. De todas elas, 11 são asiáticas, 11 são africanas e 3 são latino-americanas. A lista foi preparada por um grupo de especialistas em primatas da União para Conservação da Natureza (UICN) e a Sociedade Internacional Primatológica. Inclui espécies como o orangotango de Sumatra, o macaco-aranha de cabeça marrom do Peru e Equador, e o lêmure de Madagascar. É uma lista duplamente triste, não só pela quantidade, mas também pela “qualidade” dos animais: são espécies emblemáticas, de alto valor cultural, ambiental e turístico. Mas ainda há tempo de salvá-las.

DOCE VITÓRIA

Depois de meses de lutas e polêmicas, ativistas e cidadãos finalmente tomaram conhecimento da decisão do governo de Uganda: parte na floresta de Mabira não será cedida a uma corporação açucareira nacional. A decisão, anunciada pelo Ministro das Finanças Ezra Suruma, inclui o compromisso de conservar o citado ecossistema. Vários organismos oficiais ainda precisam avaliar um relatório sobre as opções de exploração para a região, mas o comunicado do ministro tem caráter oficial.

NAVEGANDO EM PROBLEMAS

A rede de rios e lagos navegáveis dos condados de Norfolk e Suffolk, na Inglaterra, conhecidos localmente como “The Broads”, corre perigo. Segundo especialistas britânicos, estes importantes cursos d´água, fonte de recreação e pesquisa, foram degradados devido à poluição, ao aumento do nível do mar e á alta demanda de água na região. A Sociedade Real para a Proteção das Aves declarou que a situação atual é inaceitável, e sugere que as autoridades ajam com urgência para evitar a perda de habitat. Entre elas, é necessário promover a melhoria da qualidade da água, uma redução de 20% de visitantes que acessem a região em veículos automotores e a recuperação de ao menos um dos vales.

PROTEGENDO O PARAÍSO

Papua-Nova Guiné é uma das nações mais complexas e exóticas do mundo, além de abrigar grande biodiversidade. Em suas ilhas, organizações internacionais trabalham com grupos étnicos nas denominadas Áreas de Manejo de Fauna (AMF). Elas se localizam em territórios ocupados por comunidades locais, e estabelecem regras de caça e pesca, além de considerar outras opções de atividades econômicas, como o ecoturismo. As AMF tentam promover o uso local sustentável dos recursos, e não a exploração extrativista de emprestas mineradoras e madeireiras que ameaçam a região.

PERSPECTIVA GIGANTE

Segundo o presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), Rajendra Pachauri, a Índia deveria se aproximar e cooperar com a China em questões ambientais. Considerando que os dois países são os mais populosos do mundo e duas grande potências econômicas em crescimento, o trabalho conjunto para geração e uso de energia, além do melhor aproveitamento dos recursos hídricos, seria vital para todos. Segundo o IPCC, as similaridades entre os dois países devem ser aproveitadas para potencializar a busca de soluções que colaborem com a melhoria direta da vida de cerca de 37% da população mundial, além do impacto positivo no esforço internacional contra o aquecimento global.

UM BOI COM IDENTIDADE PRÓPRIA

O Kuprey (Bos sauveli) é um boi que vive nas selvas do norte do Camboja, e está à beira da extinção. Apesar de ser o animal nacional do país, calcula-se que restem apenas 300 exemplares. Acreditava-se que ele seria um parente selvagem de duas espécies domésticas, o zebu e o banteng. No entanto, pesquisadores do Museu Nacional de História Natural de Paris descobriram indícios de que este boi selvagem seria, na verdade, uma espécie distinta, por meio de análises comparativas de DNA entre as espécies e material fóssil. Estes achados são importantes para ampliar o conhecimento sobre o intercâmbio de genes e a domesticação, e alertam para a necessidade de adotar medidas emergenciais para conservar a espécie.

ONDE ESTÁ O LOBO?

O manejo de populações de mamíferos é um tema difícil e complexo, especialmente quando atinge espécies caçadoras como os lobos. Existem planos para eliminar cerca de 600 lobos nos estados de Idaho e Wyoming, nos Estados Unidos, com o objetivo de manter o equilíbrio populacional na área. Segundo um grupo conservacionista, isso eliminaria novamente a espécie do norte das Rochosas, apesar de ela ter sido paradoxalmente reintroduzida na região com a incorporação de 66 exemplares em 2006. Hoje, existem mais de 1500, mas eles estão afetando as populações de cervos e alces. Por esta razão, o Serviço de Pesca e Vida Silvestre apóia as ações de controle.

ECONOMIA NEGRA

A forma com que um estado utiliza os recursos e se desenvolve economicamente leva consigo as sementes dos problemas sociais e político-institucionais que o afligem. É o caso da Nigéria, um país fragmentado e violento que baseou sua economia na extração e exportação de derivados de petróleo. A prática gerou um impacto negativo sobre 13 grupos étnicos que vivem na mesma área em que companhias nacionais e estrangeiras extraem óleo cru. Populações inteiras tiveram que ser realocadas, enquanto outras sofreram os efeitos da contaminação. A fauna silvestre também sofreu com a fragmentação de seu habitat.

DE VOLTA ÀS REPRESAS?

Já faz quase 400 anos que os castores desapareceram das ilhas britânicas devido à caça excessiva por suas preciosas peles e o óleo secretado por uma de suas glândulas. Até então, este roedor – o maior da Europa- e as características represas que constrói eram comuns na paisagem do Reino Unido. Para recuperar esse cenário natural e os benefícios das represas, que ajudam a minimizar inundações, está sendo planejada a reintrodução de 20 indivíduos provenientes da Noruega. Eles serão soltos na Escócia e, possivelmente, em outras partes das ilhas britânicas. A operação será realizada pelo Scottish Wildlife Trust (SWT) e a Royal Zoological Society of Scotland (RZSS)

PERIGO NO PARAÍSO

O Caribe é conhecido e imaginado por muitos como uma região cheia de praias paradisíacas e a promessa de aventuras. Mas também pode ser um dos novos focos de expansão da dengue. Segundo relatórios de diferentes países da região, esta doença tropical estaria alcançando níveis de epidemia em muitas de suas ilhas. Em 2007, por exemplo, a República Dominicana divulgou mais de 6.000 casos, com 30 mortes. Guadalupe registrou mais de 900 casos. Mas a pior situação é a de Porto Rico, onde foram registrados mais de 25.000 casos. Especialistas no assunto – juntamente com os governos caribenhos - estão estudando a implementação de medidas para deter o avanço da doença, um grande desafio sanitário e ambiental.

CAFÉ ECOLÓGICO

As plantações de café podem ser um dos últimos refúgios para grande parte da fauna das florestas de El Salvador. É a opinião de organizações ambientalistas, já que as plantações demonstraram abrigar diversas espécies. A Rainforest Alliance, uma ONG norte-americana, está certificando o “café sustentável” para produtores que cumprem certas normas na utilização dos recursos e mantêm ou reflorestam espécies arbóreas, não só para proteger e melhorar seu cultivo, otimizando e assegurando a receita, mas também para propiciar a conservação da vida silvestre das montanhas do país.

PEIXE POUCO SAUDÁVEL

Um artigo publicado recentemente na revista Science deflagou uma guerra na indústria pesqueira. Segundo cientistas de universidades norte-americanas, os salmões e trutas provenientes de fazendas no Chile contêm altos níveis de substâncias carcinogênicas em seus tecidos, constituindo um potencial perigo à saúde. Em resposta à publicação, grupos de produtores desmentiram os resultados do estudo em questão. O artigo foi considerado “perigoso, alarmista e um tiro no escuro”. Enquanto isso, ambientalistas e associações de consumidores pedem que os padrões de certificação dos peixes sejam mais rigorosos, para que as empresas envolvidas assumam sua responsabilidade no processo.

ACORDO A FAVOR DAS FLORESTAS

Há três anos, vem acontecendo em Olancho uma série de confrontos violentos entre ambientalistas e empresas madeireiras que disputam o destino das florestas da região. Em outubro de 2007, os dois setores chegaram a um acordo para o manejo da floresta na bacia do rio Telica. O acordo envolve um plano técnico projetado depois de uma ampla consulta com os diferentes atores envolvidos. Dado o nível de complexidade e conflito, o plano será supervisionado pelas Forças Armadas, que entraram em cena em 2006 depois da escalada da violência na região.

Monday, January 14, 2008

UMA INVASORA COLORIDA

Expansão de uma aranha exótica

Em 1922, a aranha-vespa (Argiope bruennichi), proveniente do Mediterrâneo, foi descoberta na Inglaterra. Ela vive na costa sul da ilha, onde o clima é suficientemente ameno para assegurar sua sobrevivência. Atualmente, esta situação está mudando. A espécie está se expandindo, avançando rapidamente para o norte, sobre ecossistemas diferentes de sua origem. Muitos conservacionistas acreditam que esta expansão se deve ao clima mais quente que a ilha apresenta desde a década de 70. Segundo cientistas que estudam as mudanças climáticas, um dos resultados do aquecimento global será o surgimento de novas doenças e espécies tropicais, como insetos, em regiões antes não ocupadas por eles.

CONSUMO PERIGOSO

Espécies asiáticas ameaçadas

A Ásia é um continente fascinante, com imensa diversidade cultural e biológica. Uma informação recente fornecida pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF) e a INTERPOL demonstrou que a Ásia também é um paraíso para o comércio comercio ilegal de vida selvagem, um negócio que move cerca de 20 billhões de dólares anuais. Esta prática gera um impacto arrasador: cinco espécies asiáticas de ursos correm risco de extinção. Estes animais são caçados para a preparação de infusões com supostas propriedades curativas. Os tigres podem ter um destino parecido. Sua pele é altamente valorizada, sua carne é considerada um manjar e seus ossos são utilizados na medicina tradicional chinesa. Enquanto houver oferta, as populações vão continuar diminuindo.

PARQUES INEFICIENTES

Áreas protegidas não cumprem seu papel

Um estudo publicado no Jornal Africano de Ecologia afirma que os parques nacionais africanos estão mal-equipados para garantir a conservação. As populações de mamíferos grandes, especialmente de antílopes, começaram a diminuir tanto fora como dentro delas. Entre os motivos estão a caça furtiva,a pressão de uma ampla variedade de atividades humanas e a crescente concentração de populações que evitam as famosas migrações maciças que ocorrem em certas estações do ano. A solução não é fácil. Segundo os cientistas, é preciso repensar o modelo de reserva “isolada”, para incluir mudanças como o uso da terra com políticas de exploração sustentável. Se não forem oferecidas alternativas viáveis para melhorar a qualidade de vida das comunidades locais, segundo eles, a população pode acabar invadindo e saqueando os parques nacionais.

A VOLTA DA DEUSA DO YANG-TSÉ

Golfinho considerado extinto é avistado

O baiji (Lipotes vexillifer) é uma espécie de golfinho que vive exclusivamente no rio Yang-Tsé, na China. Com pouco mais de dois metros de comprimento, ele é conhecido localmente como “a deusa do Yang-Tsé”. Em dezembro de 2006, foi declarado oficialmente extinto. Mas parece que a “deusa do Yang-Tsé”, que é bem semelhante ao boto amazônico, voltou. A agência oficial de notícias chinesa divulgou que um exemplar foi avistado recentemente. A Academia Nacional de Ciências analisou um vídeo confirmando que o “animal grande e branco”, que um homem havia filmado por acaso, pertencia a esta espécie. Parece que ainda há esperanças.

BALEIAS E GOLFINHOS

Explicações para o sonar

Segundo vários biólogos da Universidade de Berkeley, na Califórnia, as baleias e os golfinhos desenvolveram seu sonar para localizar com precisão algumas de suas presas, como as lulas. Como as lulas costumam permanecer em águas profundas e escuras durante o dia e subir à superfície à noite, os cetáceos se viram obrigados a desenvolver o sonar para capturar as presas que não podiam ver. Segundo os pesquisadores, assim como os morcegos utilizam um sistema de radar para perseguir os insetos, a habilidade dos cetáceos evoluiu de acordo com o comportamento de suas presas. Desta forma, espécies como o cachalote (Physeter macrocephalus) e as lulas gigantes (Architeuthis spp) teriam uma profunda conexão evolutiva.

ALIANÇA COM AS BACTÉRIAS

Para combatir a Salmonella

Os alimentos pró-bióticos são aqueles que contêm microorganismos vivos benéficos para o nosso corpo. É o caso das bactérias que consumimos em muitos iogurtes. Cientistas do Reino Unido anunciaram que eles também pode combater a doença causada pela Salmonella (salmonelose). A Salmonella é uma entero-bactéria presente nos porcos que afeta os seres humanos após a ingestão de carne infectada. Pesquisadores da Agência de Laboratórios Veterinários do Reino Unido mostraram resultados de experimentos apoiando esta afirmação. Os pró-bióticos poderiam ser bons substitutos dos antibióticos utilizados na alimentação dos animais de granja, proibidos recentemente pela União Européia.

A ONU EM AÇÃO

Um plano contra a desertificação

Representantes de quase 200 países se reuniram na Convenção para Combater a Desertificação, organizada pelas Nações Unidas. Esta convenção apresentou um plano de 10 anos que defende a preservação das formas de vida e o sustento de milhões de pessoas que sofrem com este problema. Devido às mudanças climáticas, a desertificação se tornou um dos maiores desafios da nossa era. E a tendência dos eventos meteorológicos só acentua seu desenvolvimento. Aproximadamente um quarto da superfície terrestre e 1/6 da população mundial sofrem os efeitos deste fenômeno. Apesar de existir uma sensibilidade maior em relação aos temas ambientais, especialmente pelas espécies ameaçadas, a perda da fertilidade dos solos não costuma despertar a mesma preocupação. O solo é um recurso do qual dependem os demais seres vivos. Sem ele, é impossível a sobrevivência de plantas e animais silvestres. A diminuição de solos férteis também gera grande impacto na produção de alimentos.

ÁREAS PROTEGIDAS INSATISFATÓRIAS

Avaliação de Parques Nacionais

A organização não-governamental Vitalis realizou uma avaliação de oito parques nacionais venezuelanos. A avaliação analisou 43 parques nacionais venezuelanos, e os resultados são preocupantes. As oito áreas protegidas estudadas não puderam ser incluídas dentro da categoria “verde” ou “satisfatória”, devido ao descumprimento de seus objetivos de conservação. Elas foram classificadas na categoria “amarela”, o que representa sua situação preocupante. A avaliação incluiu entrevistas com especialistas e funcionários. Eles afirmam que os parques enfrentam problemas como invasão de espécies, desmatamento, caça ilegal e mineração, entre outros. O governo deve destinar mais recursos para equipar as áreas protegidas, trabalhando com outras instituições e setores da sociedade.

MADEIRA DE LEI

Nova Lei de Florestas

Depois de oito anos de pressão e do trabalho de grupos ambientalistas, o governo hondurenho aprovou a Lei de Florestas em setembro de 2007. A aprovação desta nova lei é um grande passo para a conservação dos recursos florestais do país. Segundo os especialistas, é a primeira vez que a sanção de uma lei dá lugar a uma ampla participação do povo e dos governos locais. Prestes a ser aprovada, vinte e três organismos municipais em quatro das dezoito províncias do país começaram a estudar as medidas mais acertadas para a implementação da lei. Sem dúvida, é alentador que países com níveis preocupantes de pobreza comecem a identificar novas formas de gerar riqueza conservando seu capital natural.

REUNIÕES PARA PROTEÇÃO DOS PARQUES

Congresso sobre áreas protegidas

Uma vez a cada dez anos, realiza-se o Congresso Latino-americano de Parques Nacionais e Áreas Protegidas. Este evento é um dos principais fóruns a reunir especialistas, políticos e ativistas da América Latina para discutir os problemas, planos, deficiências e desenvolvimento de estratégias para o futuro da conservação no continente. Em 2007, este congresso foi realizado em Bariloche, na Argentina. Participaram mais de mil especialistas, que além de abordar a situação das áreas protegidas, destacaram sua preocupação com o avanço do desmatamento na região. O comentário mais alarmante veio de alguns delegados europeus. Eles afirmaram que, diferentemente do Velho Mundo, a maior riqueza da América Latina são seus recursos naturais, mas apesar de parecer abundante em comparação com os países europeus, essa riqueza é erroneamente vista como inesgotável pelos governantes locais. É urgente estimular uma política para que estes recursos sejam utilizados de forma planejada e sustentável.