A mudança climática ameaça o abastecimento de água

De acordo com especialistas do Banco Mundial, cidades importantes da região andina, como La Paz, Quito e Bogotá, terão problemas futuros com o abastecimento de água devido à mudança climática. As temperaturas altas estão afetando a região em dois aspectos. Por um lado secando os lagos de altitude, e por outro derretendo as geleiras das montanhas. Regiões com muita água, como Páramo, na Colômbia, fazem os papel de esponjas, absorvendo a água da chuva para em seguida expulsá-la. Paralelamente, as geleiras são reguladoras hídricas que liberam água em épocas secas e a acumulam em forma de gelo nas épocas úmidas.

Cientistas rastreiam as araras com colares transmissores

As araras vermelhas correm risco de extinção por causa da caça ilegal e do desmatamento. Essa espécie é monogâmica e tem uma baixa taxa de reprodução, o que os torna ainda mais vulneráveis. Por isso, é importante conhecer melhor os movimentos e comportamentos da espécie. Na Guatemala, um grupo de cientistas colocou, em duas araras, colares transmissores que enviam sinais via satélite. A partir de agora, será possível conhecer os caminhos percorridos pelas aves, nas florestas da Guatemala e no sul do México. Com essas informações valiosas, espera-se obter mais dados para aumentar a quantidade de reservas protetoras e fortalecer a prevenção e o controle da caça.

Nanotecnologia e meio ambiente

A nanotecnologia é uma ciência aplicada, com foco no controle e no manuseio da matéria numa escala menor que um micrômetro, ou seja, no nível atômico e molecular. Foi recentemente realizado, em Bueno Aires, o Congresso do Mercosul de Nanotecnologia e Meio Ambiente. Um de seus temas principais foi a aplicação de uma tecnologia nova para resolver problemas ambientais. Nesse sentido, as perspectivas são promissoras: mostrou-se que graças à nanotecnologia, é possível cuidar de solos e aqüíferos. Por exemplo, é possível resolver o problema dos dejetos industriais injetando nanopartículas que oxidam ou decompõem as substâncias poluentes, sem causar danos ao meio ambiente.

Água para beber...que seja potável!

“A água da torneira ou do cano não pode ser bebida. É turva e tem um gosto muito estranho”, é a queixa dos habitantes de Arica, no Chile. Os moradores estão exigindo leis que limitem a quantidade de boro na água.
Esse elemento é encontrado acima do limite de 0,5 miligramas por litro, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A água é retirada de um aqüífero com grandes concentrações de boro, e é posteriormente tratada. Os habitantes da região acham que esse tratamento é insuficiente e exigem um controle maior. O governo ainda não tomou qualquer decisão a respeito, mas está esperando o resultado de um estudo que determinará se isso é prejudicial à saúde dos cidadãos.

Árvores para todos

O presidente mexicano, Felipe Calderón, declarou que seu país vai plantar 250 milhões de árvores em 2007, pela campanha Pro-Árvore. Este é um esforço sem precedentes que vem do acordo entre o México e as Nações Unidas, para alcançar os objetivos de desenvolvimento do milênio. Serão investidos mais de 6 milhões de pesos para apoiar o trabalho de 400 mil habitantes de povoados e comunidades. Serão utilizadas espécies nativas do México para recuperar as áreas desmatadas e lençóis d’água. O trabalho conjunto e a decisão dos governos podem fazer a diferença no nosso ambiente.

Moratória para a Amazônia

Representantes do governo, do setor privado e da sociedade civil, se reuniram em São Paulo para discutir os resultados do primeiro aniversário da “Moratória da Soja”. A iniciativa selou o compromisso com empresas que comercializam soja,de não comprar lotes procedentes da Amazônia. O Greenpeace Brasil comunicou que os resultados foram positivos, mas insuficientes, e acredita que ainda falta muito a feito. Sem dúvida, a moratória deixou uma importante lição. O trabalho conjunto das empresas, organizações não-governamentais e movimentos sociais com apoio jurídico pode proteger a floresta amazônica e ajudar a solucionar problemas sociais.

O segredo está na ação dos governos

Cientistas britânicos afirmaram que a política da União Européia (UE) para proteger as aves está funcionando. Para esse estudo, foram considerados países da UE que já faziam parte desta até o ano de 1979, quando a comunidade econômica estabeleceu sua política de proteção às aves. Diferentemente de outras espécies ou do resultado de outros países, os censos de 140 espécies protegidas, realizados nos países pertencentes à UE, mostraram um aumento de suas populações nos últimos 30 anos. O estudo também indica que o futuro da preservação da biodiversidade do planeta depende de esforços intergovernamentais.

Os escoadouros de carbono têm suas limitações

Os escoadouros de carbono colaboram com o seqüestro de carbono reduzindo o aquecimento global, mas somente se as árvores apresentarem uma boa quantidade de água e nutrientes. Esta foi a conclusão a que chegou um estudo realizado durante 10 anos por pesquisadores da Universidade de Duke, nos Estados Unidos. A experiência consistiu em borrifar árvores com quantidades extras de dióxido de carbono. Os lugares que tinham boas condições evidenciaram um maior crescimento das árvores. Essas são boas notícias, mas também evidenciaram as limitações dos escoadouros. Para que funcionem bem em regiões mais secas, as árvores precisariam ser regadas e fertilizadas, o que implica numa maior demanda de água e a possível contaminação por fertilizantes.

São 14 as espécies nativas mais ameaçadas da Índia.

O governo indiano declarou que 14 de suas espécies nativas estão em grave perigo de extinção; entre elas o leopardo das neves, o leão asiático e o golfinho do Ganges. Essas espécies estão ameaçadas pela destruição de seu habitat, pela caça, pela poluição de rios e pelo avanço das plantações. De acordo com o governo, as medidas de conservação atuais são inadequadas. Um relatório oficial estabelece que os esforços devem aumentar em todos os aspectos. As ações devem incluir um maior controle da caça ilegal, redução da poluição e localização de determinadas populações de mamíferos.

Interações retornam entre as espécies de Yellowstone

A volta dos lobos para Yellowstone permitiu que as bétulas voltassem a crescer no parque pela primeira vez em 50 anos. Em um estudo recente, pesquisadores norte-americanos afirmam que a população de alces não só diminuiu, por causa dos lobos, como também mudou de comportamento; eles agora “escolhem” não entrar nas áreas nas quais se sentem mais ameaçados. Nessas áreas, a pressão sobre as bétulas diminuiu, e elas voltaram a crescer. O resultado é muito positivo, porque o retorno de uma espécie é um avanço em direção ao equilíbrio de outras, que não ficam com populações excessivamente grandes.

Recorde de eventos climáticos extremos

Em 2007, o mundo está assistindo a uma série de eventos climáticos extremos: onda de calor na Europa, nevascas incomuns na América do Sul, o primeiro ciclone registrado no Mar Arábico e inundações. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) detectou uma tendência crescente desse tipo de eventos nos últimos cinqüenta anos, e afirmou que essas irregularidades vão continuar se intensificando. Tais eventos são atribuídos ao aquecimento global. A OMM está trabalhando em um sistema de alerta de eventos do tipo, além de melhorar o monitoramento dos impactos, especialmente nos países mais pobres do mundo.

Resultados animadores de um projeto de recuperação

Um projeto de limpeza de uma área da Baía de Hangzhou (mar da China oriental) foi um sucesso. A qualidade da água melhorou bastante e atualmente já se pode encontrar quase o dobro das espécies marinhas que havia antes. O projeto é desenvolvido pelo Instituto Marinho do Mar da China Oriental, em conjunto com o governo do distrito de Jinshan. Os pesquisadores introduziram diferentes espécies de plantas e peixes para começar a recuperar o equilíbrio ecológico. Para continuar, esse tipo de esforço deve ser complementado por outras ações, como a melhoria da qualidade da água dos rios que deságuam na Baía.

Derretimento em grande escala no Pólo Norte

O aquecimento da atmosfera está provocando uma aceleração da redução do gelo no Ártico. Estima-se que até o verão de 2100, todas as suas massas de gelo terão derretido, já que esta região aquece duas vezes mais rápido que o resto do planeta.

O derretimento polar ocorre com o aquecimento da atmosfera pelo acúmulo de gases, como o dióxido e o monóxido de carbono, gerados pela atividade humana. Este processo parece inevitável, a menos que se consiga a redução maciça das emissões de dióxido de carbono e outros gases geradores do efeito estufa.

Novas espécies de peixes

Um estudo realizado na confluência dos rios Orinoco e Ventuari, no estado venezuelano de Amazonas, descobriu a existência de um crustáceo inédito e treze novas espécies de peixes. Devido à grande diversidade de animais e à particularidade de seus ambientes, a área está parcialmente protegida dentro do Parque Nacional Yapacana.

A região também é habitada por importantes comunidades indígenas que constituem um dos recursos humanos e culturais mais valiosos do país. A pesquisa durou três semanas e detectou 357 espécies de plantas, 157 espécies de aves e 245 espécies de peixes, incluindo um crustáceo decápode e treze espécies de peixes até então desconhecidas pela ciência. A diversidade de peixes do local é a maior da Venezuela.

Reprodução sem indivíduos masculinos

Cientistas britânicos descobriram que as fêmeas do dragão de Komodo, um dos maiores lagartos do mundo - chegam a medirtrês metros de comprimento e pesar até 90 quilos - são capazes de se reproduzir sem ser fecundadas por um macho. O fenômeno consiste em um processo de reprodução assexuada, conhecido como partenogênese. Ele foi observado em duas fêmeas (“Flora” e “Sungai”) que viviam em cativeiro em zoológicos britânicos, isoladas dos machos.

Os cientistas da Universidade de Liverpool que realizaram os “testes de paternidade” nas ninhadas das duas fêmeas descobriram que o código genético das crias era idêntico ao de suas progenitoras. Ou seja, “Flora” e “Sungai” foram, ao mesmo tempo, “mãe” e “pai” dos dragõezinhos.

A era dos ciclistas?

Devido à preocupação com os altos níveis de poluição e depois de cinco anos sem se pronunciar a respeito, o governo do Distrito Federal mexicano decidiu proibir a entrada de automóveis de outros países e de outros estados mexicanos em 28 de julho de 2007 na cidade do México. A razão: a poluição já alcançou o limite máximo permitido.

A cidade do México é uma das mais poluídas do mundo. Por isso, é necessário começar a encorajar o uso de bicicletas, que não só contribuiria para diminuir os índices de poluição, mas também beneficiaria a saúde dos cidadãos.

MONTANHAS SEM GORILAS

Os últimos gorilas das montanhas que formam a cadeia vulcânica de Ruanda, Uganda e do Congo continuam sendo caçados indiscriminadamente. Este ano, já desapareceram sete animais, e agora só restam 700 exemplares em todo o mundo. Esta espécie foi popularizada pelo filme “Nas Montanhas dos Gorilas”, baseado no livro da zoóloga Dian Fossey, antes de morrer assassinada pelo líder de um grupo caçadores ilegais. Qual a razão para o homem matar os gorilas? É uma questão econômica? Todos sabem que o comércio ilegal de carvão vegetal movimenta milhões de dólares por ano. Mas enquanto existirem gorilas, não será permitido explorar suas selvas.

Harry Potter cuida da natureza

Graças ao apoio da autora de Harry Potter à causa ambiental, numerosas editoras de todo o mundo imprimiram seu último livro e todos os anteriores em papel reciclado ou com fibras vegetais provenientes de florestas exploradas de forma sustentável, como as que recebem o selo FSC (Forest Stewardship Council - Conselho de Administração Forestal). A versão inglesa do livro conseguiu evitar o corte de 197.685 árvores e a produção de mais de 20 toneladas de resíduos sólidos. Além disso, reduziu a emissão de gases que geram o efeito-estufa em 7,9 toneladas e economizou 327.657 litros de água.

Se outros autores de best-sellers apoiassem iniciativas como esta, a leitura seria duplamente valiosa para a humanidade.

A SAÚDE DAS CRIANÇAS - O futuro em perigo

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que um terço das doenças que afetam as crianças estão diretamente relacionadas à poluição. Cerca de quatro milhões de crianças morrem antes de completar cinco anos em decorrência destas doenças.

As mais afetadas são as crianças que vivem em países pobres ou em desenvolvimento, onde a desnutrição e a falta de higiene somam-se aos problemas ambientais. Devemos mudar hábitos que contribuam para a poluição ambiental.

INDÚSTRIA AUTOMOTIVA - A lei da procura

Muitas vezes, os consumidores têm o poder de mudar os produtos do mercado. Isso está acontecendo com a indústria automotiva. Com a queda das vendas e a procura dos consumidores por tecnologias limpas, as principais marcas de automóveis de Europa e dos Estados Unidos estão desenvolvendo cada vez mais novos modelos híbridos (movidos a eletricidade ou combustíveis não-fósseis). Estes novos automóveis devem chegar ao mercado em 2010, e apesar de conservarem o design próprio de sua marca, irão reduzir em até 22% (por quilômetro) a emissão de dióxido de carbono, o principal gás responsável pelo aquecimento global.

Ficaremos sem plantas e sem oxigênio?

Em apenas 93 anos, as plantas reduzirão sua capacidade de absorção de dióxido de carbono. Isso se deve principalmente à alta concentração de ozônio acumulada na camada superficial da atmosfera, que atrofia o crescimento das plantas de forma significativa.

O ozônio superficial (diferente do que forma a camada atmosférica e preserva o planeta das radiações ultravioletas) aumentou nas últimas décadas e não há perspectiva de diminuição de sua concentração. Este aumento se deve às emissões poluentes das indústrias e ao número crescente de automóveis em circulação. É importante aperfeiçoar o transporte público e usar o automóvel com consciência: quanto mais pessoas utilizarem um mesmo carro, melhor para o nosso planeta.

Pingüinos de cresta amarilla estão em perigo

Os Pingüinos de cresta amarilla das ilhas Malvinas somavam quase 300.000 indivíduos no ano 2000. Infelizmente, entre 2005 e 2006, este número diminuiu drasticamente para 210.418. Um dos fatores que mais influi em seu desaparecimento são mudanças climáticas, já que obrigam estes animais a se adaptar a condições severas.

Em 1932, existiam mais de 1,5 milhões de espécimes, o que significa que cerca de 85% dos indivíduos desapareceram. Os fãs de “Happy Feet” (comédia infantil de animação “estrelada” por estes animais) não ficariam tão felizes se soubessem que agora restam cada vez menos destes encantadores bichos.